terça-feira, 30 de março de 2010

Sobre BBB, fobias, Nardonis e assuntos correlatos

O BBB acaba hoje. Sei porque não se fala em outra coisa. Rua, Twitter, TV... Ok, vai acabar.
O casal Nardoni/Jatobá foi julgado e condenado. Ok, conforme o "desejo popular".
A homofobia do Dourado (ou heterofobia do Di César, sinceramente não dou a mínima) também não estará mais em discussão amanhã.

O quê será do Brasil amanhã? Será que as pessoas vão retomar suas vidas e começar a pensar em coisas mais importantes, como a eleição? Claro que não. Elas vão começar a pensar na Copa do Mundo. Vão criticar o Dunga que não vai convocar o Romário. Vão criticar o desempenho do Wanderclidson ou de algum outro analfabeto promíscuo apoiador do tráfico de drogas.

Eu acredito que as eleições brasileiras são em ano de Copa propositalmente. Enquanto nas ruas se fala de copa do mundo, o Mensalão do DF esfria, o PAC geração II vai levar mais uma grana pro buraco e assim por diante...

Quer saber o quê eu queria? As mulheres bombas. Duas, talvez três. Lá no meio da torcida do BBB. Explode essa merda! Mata um tanto, dá uma limpada. Alguns dirão: vai morrer inocente! Faz parte do processo. É por um bem maior.

Coloca mais uma meia dúzia nos locais onde houver grande concentração de "torcedortes". Já dá uma melhorada. Mas vai ser proíbido sensacionalismo. Ninguém vai fazer matéria pro Fantástico ou similares nacionais, ok?

Eu sinceramente não entendo esse apego que as pessoas tem por suas vidinhas estúpidas. Sinceramente, se fosse pra levar a vida de uns e outros aí, eu prefiriria morrer. Morrer também faz parte de um processo. Estamos beirando 7 bilhões de habitantes na Terra. Certamente algumas "baixas" nem seriam notadas. Assim como não são notadas tantas Isabelas que morrem diariamente no Brasil.

Por essas e outras é que acho que falta terrorista no Brasil.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A ética do humor

Nos últimos tempos tenho frequentado muitos shows de Stand Up Comedy, seguido alguns comediantes e seus comentários no twitter e uma coisa me chamou atenção dias atrás. A voracidade de algumas "celebridades" ao atacar o Danilo Gentili por ocasião de uma piada sobre a Hebe.
Concordo que o Gentili não é exatamente um "Gentleman", mas também não é pra crucificar. Não rio de todas as piadas que ele faz. Na verdade, não rio de todas as piadas de humorista nenhum. Algumas são engraçadas, outras nem tanto. Mas não gostar de uma piada não dá a ninguém o direito de julgar o caráter de ninguém.


A Fernanda Paes Leme (de quem gosto bastante, desde os tempos de Sandy e Jr) achou a piada do Danilo de mau gosto e postou no Twitter. Dias depois fez uma piada sobre arruda e má sorte e foi vítima de ataques também. Um dia pedra, outro vidraça.
O que realmente incomoda nisso tudo é que as pessoas levam cada vez mais a sério piadas, "reality shows", futebol, copa do mundo, olímpiadas de inverno e outros assuntos semelhantes e se importam cada vez menos com política, ética, respeito ao próximo.
Caminhando esses dias pelas calçadas do bairro do Brooklin vi de tudo: carros sobre a calçada, uma deficiente visual quase cair por se chocar com um estepe de um Fiat Idea Adventure que ocupava metade da calçada, calçadas estreitas tomadas por "moitas" decorativas, carros estacionados em locais proibidos e a lista se alonga, mais e mais. Mas isso não desperta indignação. As pessoas ficam indignadas quando um humorista chama a jovem menina Hebe Camargo de múmia. Francamente.